Global Journal of Human Social Science, G: Linguistics and Education, Volume 23 Issue 8
âmbito desse nível da escolaridade. A Educação Básica se constituiu no foco permanente do meu trabalho. Inicialmente no mestrado a preocupação foi com um problema sério a época, um grande número de reprovações na passagem da antiga 5ª série para a 6ª série o que apresentava um quadro de congestionamento. Uma pergunta se fez presente: Por que as crianças têm tanta dificuldade em compreender a Matemática, ou as ideias iniciais e não conseguem formas seus conceitos? A partir da questão exposta, iniciei a buscar metodologias que pudessem tornar os estudantes mais receptivos para a Matemática e outras áreas seja ela como uma metodologia de ensino, seja ela como uma prática pedagógica na Educação Infantil. A partir dos anos 199 0 2 II. C oncepção de E ducação M atemática de H igginson iniciei os trabalhos com a modelagem em cursos de especialização de professores de 1ª a 4ª Séries, denominado Anos iniciais para crianças a partir de sete anos, como forma de superar as preocupações com o ensino e a aprendizagem nessa etapa da escolarização. Tal envolvimento tinha como propósito trazer alternativa para o ensino das ideias iniciais e construção do conhecimento matemático de forma distinta da usual empregada quando o professor expõe o conteúdo, realiza alguns exercícios e propõe uma série de exercícios com o propósito de que o estudante apreenda o conteúdo. Assim feita essa contextualização passamos a tratar sobre a Educação Matemática na concepção de Higginson (1980) e a Modelagem na concepção a Educação Matemática de Burak (1992, 2004, 2010, 2020). Disposto a investir na Modelagem, mas em uma concepção distinta daquela concepção da Matemática Aplicada pois, vislumbrava sua utilização no âmbito da Educação Básica, prioritariamente na Educação Infantil e Fundamental I e Fundamental II e a concepção de Higginson(1980) chamou minha atenção. Em seus estudos durante sua licença sabática na Universidade de Cambridge, Higginson (1980) partiu de três pressupostos sobe a natureza e a eficácia da educação matemática: O primeiro chama a atenção para a significativa parte da responsabilidade profissional: professores, pesquisadores, escritores de currículo, à consideração e ações sobre as 2 A de Diretrizes e Bases da Educação que vigorava à época era a Lei 5692/71 de agosto de 1971, conforme § 1º Para efeito do que dispõe os artigos 176 e 178 da Constituição, entende-se por ensino primário a educação correspondente ao ensino de primeiro grau e por ensino médio, o de segundo grau, Art. 18. O ensino de 1º grau terá a duração de oito anos letivos e compreenderá, anualmente, pelo menos 720 horas de atividades. Art. 19. Para o ingresso no ensino de 1º grau, deverá o aluno ter a idade mínima de sete anos. questões relacionada com aquisição do conhecimento matemático ; O segundo pressuposto que o objetivo de um educador matemático é otimizar, do ponto de vista intelectual e emocional, a experiência de aprendizagem matemática dos seus estudantes; e o terceiro é que as experiências de aprendizagem de matemática para a maioria dos estuantes, não foi nem intelectualmente, nem emocionalmente satisfatória para a maioria dos estudantes, a exposição à Matemática não foi prazeroso e nem os tornou mais competentes (HIGGINSON , 1980, p.3). Para o autor se esses pressupostos são válidos, então os educadores de matemática têm como obrigação explicar o motivo de tantas crianças terem dificuldades em aprender matemática. Para Higginson a questão não é trivial e nem fácil de responder, poderia haver muits respostas, no entanto fundamental para o que se segue é a convicção de que temos uma visão excessivamente estreita dos fatores que influenciam nossa disciplina, a matemática. Até hoje, referindo -se ao tempo em que realizava seus estudos, afirma que: “não conseguimos criar nenhuma metodologia ou metodologia maior e coerente na educação matemática, em grande parte porque ignoramos alguns aspectos essenciais de seus fundamentos”. Ibidem).). Dessa forma, propõe o esboço de uma estrutura de educação matemática para a aprendizagem da matemática: Uma demarcação de território, um esboço do uma tentativa de modelo, Afirma que: existe quatro dimensões para a educação matemática e que, ao ver as relações estruturais entre essas dimensões na forma de um modelo tetraédrico, estaremos em uma posição melhor para entender o que aconteceu e o que pode acontecer no futuro quando os alunos encontram a matemática (HIGGINSON, 1980, p.4). Para Higginson (1980) qualquer concepção de educação matemática deve ter sua base na disciplina de Matemática. A questão imediatamente é saber se há algo além de matemática significativamente envolvida na educação matemática? Para o autor essa questão está na raiz de um dos mais graves problemas, a lacuna de incompreensão entre matemáticos e educadores matemáticos. Parece ser o sentimento de alguns pesquisadores matemáticos que nada mais do que a matemática realmente conta na educação matemática. A a firmação clássica dessa visão foi feita por G.H. Hardy 3 3 Godfrey Harold Hardy nasceu em Surrey, em Inglaterra, a 7 de fevereiro de 1877 O seu interesse pela Matemática foi desencadeado por A. E. H. Love. Em 1900, Hardy foi eleito Fellow de Trinity e, no ano seguinte, foi distinguido com o prémio Smith. Foi Presidente da Sociedade Londrina de Matemática de 1926 a 1928 e, novamente, de 1939 a 1941. no contexto de seu discurso presidencial à Volume XXIII Issue VIII Version I 26 ( ) Global Journal of Human Social Science - Year 2023 G © 2023 Global Journals Modeling in Early Childhood Education: A Contribution to the Integral Development of the Child
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