Global Journal of Human Social Science, G: Linguistics and Education, Volume 23 Issue 8
Abegg (2019, p. 85) também descreve esse primeiro momento com as crianças: “O primeiro contato com a turma teve início no dia 26 de outubro de 2018. [...] , ainda , “Em uma roda de conversa com as crianças, onde foi explicado o trabalho que seria realizado adequando a linguagem para que as crianças compreendessem” ou ainda, quando falou mais especificamente da escolha do tema, houve manifestações das crianças conforme o diálogo a seguir: Agora vocês devem pensar em um tema. Joaquim – O que é tema? Marcia- Eu sei! Pesquisadora- O que é? Marcia - Tipo dinossauros . Ainda para a escolha do tema, tendo em vista que muitos foram aventados pelas crianças, Abbeg (2019), descreve que: Após a escolha foi realizada uma votação aberta, em que cada criança foi questionada sobre o que queria estudar, qual o tema de seu interesse. A pesquisadora foi anotando o tema no quadro e quando tinha algum tema repetido, era anotado um “risquinho” ao lado do tema. Os temas sugeridos pelas crianças foram: pintura, dinossauro, futebol, trens, balé, unicórnio e piano. Além disso:” As crianças, com a orientação da pesquisadora, realizaram a contagem coletiva dos “ risquinhos” de cada tema, para se descobrir qual tema tinha mais votos. O tema escolhido foi Dinossauros que envolveu subtemas como: 1.A extinção dos Dinossauros; Subtema 2 - Os dinossauros e as suas patas; Subtema 3 - A alimentação dos dinossauros; Subtema 4 - Os dinossauros e os ovos e Subtema 5 - O tamanho dos dinossauros. Abbeg (2019, p.87) Também a pesquisadora (Santos, 2021, p.42) “A escolha do tema se deu através da conversa entre a professora e as crianças . Estas, já estavam trabalhando sobre animais em relação as suas classificações entre mamíferos e aquáticos, possuíam muitas questões que gostariam de descobrir, ‘informalmente’ já viviam discutindo e criando hipóteses”. Esta etapa se deu, conforme a descrição de que “ através de uma conversa inicial que a pesquisadora realizou com as crianças, em roda de conversa. Todos os participantes, coletivamente, foram indagados com a seguinte questão: Se pudessem aprender algo que gostariam muito, o que queriam aprender? Complementando com alguns exemplos como: algo que a professora nunca ensinou e que vocês possuem curiosidade em saber. Ainda descreve (p.43-44), que: “ estimulava as crianças sempre com perguntas como: P1 Quais animais vocês têm em casa? São grandes ou pequenos? Mordem? O que comem? Vocês ajudam a cuidar? As perguntas são motivadoras e ao perguntar para uma criança, as demais também participam, muitas vezes “atropelando” a fala do outro, o que é normal já que estão desenvolvendo a autorregulação. Na segunda prática, sobre o tema Florestas, desenvolvida com as crianças também contou com a participação das famílias, mas as crianças já estavam mais atentas, participando de forma mais efetiva, menos retraídas Com o grande número de temas manifestados pelas crianças, conforme a pesquisadora (Santos 2019, p.55) : “brinquedos, bonecas, fadas, unicórnios, dinossauros e o que morava na floresta. Por se tratar de ideias muito diferentes, foi preciso conduzir esse momento para uma votação. Então, no quadro foi escrito tudo o que as crianças iam apontando como ideia para se trabalhar.” Observa-se nessa etapa da escolha do tema, pelos fragmentos apresentados que as pesquisadoras precedendo a escolha do tema buscaram conhecer os interesses das crianças, e mesmo para conhecer as crianças, principalmente quem não era professora da turma. As crianças mostraram-se na maioria receptivas, participativas e colaborativas. Houve participação intensa e importante das famílias na obtenção de dados para a decisão da escolha do tema. Partir do interesse da criança tem respaldo em Dewey (1954), quando diz que é por meio do interesse que se constata que se garante a assimilação do conhecimento por parte do estudante. Para Dewey quando a criança percebe que o que se deseja ensiná- la tem relação com um todo, daí nasce o interesse. Nas palavras e Dewey (1954, p.55) “se o todo lhe pertence, ou se o seu próprio movimento o põe em contato com esse todo, aquela coisa ou aquela ação passa a interessá-la”. Ainda para Dewey (1979, p 143),” interesse é uma palavra que exprime uma atitude. Atitude de quem toma parte de espécie de atividade, de modo a lhe dar direção”. O interesse é um dos princípios para a prática com Modelagem na Educação Matemática, na concepção de Burak (1992). Sob o ponto de vista da Educação Matemática a etapa da escolha do tema é uma forma de as crianças mostrarem relação com suas curiosidades, forma de cultura, envolver seu cotidiano, muitas vezes, a sua cultura, reflete a dimensão sociológica (ciências sociais). Também os aspectos da dimensão psicológica quando as crianças se expressam, sustentam suas posições com argumentos, promovem o diálogo, a interação. A filosofia se encontra na sua essência sobre propósito, ética e valores. A dimensão matemática pode ser percebida no instigar a criança às ideias e classificação ao colocar os tipos de animais, conceitos maior e menor, contagem dos animais, figuras ou “risquinhos. 2. Pesquisa exploratória. Na etapa da pesquisa exploratória é importante salientar que, na fase da Educação infantil na qual as © 2023 Global Journals Volume XXIII Issue VIII Version I 31 ( ) Global Journal of Human Social Science - Year 2023 G Modeling in Early Childhood Education: A Contribution to the Integral Development of the Child
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