Global Journal of Management and Business Research, A: Administration and Management, Volume 23 Issue 1

home offic e. Espaço em que existiam muitas distrações e novas demandas, como questões familiares e afazeres domésticos, especialmente para as mulheres (FMUSP, 2021). A combinação de fatores resultava em dificuldade de focar e, algumas vezes, na desmotivação dos colaboradores. 1) Comunicação Interna No Home Office Sob a perspectiva de Kunsch (2002), as organizações são agrupamentos de indivíduos que trabalham conjuntamente com vistas a causas e objetivos comuns. Em analogia, a autora faz um comparativo das organizações com “organismos vivos”, de modo que as partes (indivíduos, divisão de departamentos e setores, funções, etc.) somadas entre si, constituem o todo - a organização. Para sobreviver, toda organização necessita de comunicação. “O sistema comunicacional é fundamental para o processamento das funções administrativas internas” (KUNSCH, 2003, p.69). Ainda nesse sentido a autora também destaca que este esforço comunicacional estando “em sintonia com o sistema social mais amplo, propiciará não apenas um equilíbrio como o surgimento de mecanismos de crescimento organizacional” (KUNSCH, 2003, p. 70). Dessa forma, compreendemos que a comunicação interna se traduz em um processo complexo por si só. As organizações devem estar cientes que seus públicos, em especial o público interno, podem apresentar dificuldades de assimilar todas as mensagens enviadas, pois estão expostos a uma avalanche de informações vindas de diversos meios. Além disso, existem diferentes redes de informação no ambiente das organizações, como a rede formal e a informal. O sistema formal de comunicação é estabelecido conscientemente, de forma planejada, organizada. Já a rede informal surge naturalmente com o tempo e possui igual relevância para as empresas, essa comunicação é construída pelas relações sociais intra-organizacionais, sendo frequentemente, uma opção mais rápida de atender a demandas urgentes e instáveis. Algumas questões podem ser rapidamente solucionadas através das redes informais, pois são flexíveis e espontâneas (KUNSCH, 2003). Uma pesquisa d a Bersin by Deloitte (2016) 2 realizada com empresas de 130 países, demonstrou que 89% consideram a formação de líderes uma questão importante ou muito importante para resultados positivos. As lideranças são relevantes, em especial quando falamos sobre comunicação informal (redes informais). 2 Disponível em: https://estudio.folha.uol.com.br/senac/20 17/08/191 3714-empresas-buscam-lideresinspiradores.shtml#:~:text= Levantamento%20realizado%20em%202016%20pela,excelentes%20n a%20forma%C3%A7%C3%A3o%20de%20jovens. Acesso em:15 de jul. de 2022. Internal Communication Management in the face of the COVID-19 Pandemic: A Brazilian Experience 58 Global Journal of Management and Business Research Volume XXIII Issue I Version I Year 2023 ( ) A © 2023 Global Journals Diante disso, a gestão da comunicação interna se viu impelida a uma reorganização de seus processos, estruturas, tipos de mensagens e até a uma boa dose de criatividade na implementação de estratégias e resolução de ruídos que pudessem ocorrer. Assim,o presente artigo, busca identificar por meio de pesquisa bibliográfica e pesquisas com profissionais as principais estratégias implementadas para manter a comunicação corporativa e a cultura organizacional ativas no ambiente remoto e diante do cenário pandêmico. O sistema informal de comunicações emerge das relações sociais entre as pessoas. Não é requerida e contratada pelas organizações, sendo, neste caso, destacada a importância da formação de lideranças e comissão de trabalhadores, que, sem Sabe-se que a boa gestão da comunicação interna e a preservação da cultura organizacional são essenciais à motivação dos colaboradores, por isso a pertinência do tema para a área da Comunicação. A pandemia trouxe aprendizados para profissionais de diversos setores, em especial, para a comunicação. Com a necessidade de adaptação às mudanças e os novos modelos de trabalho, aconteceu uma aceleração digital e novas habilidades comportamentais e técnicas surgiram, proporcionando uma atualização para os valores sociais, organizacionais e comunicacionais. Este é um estudo exploratório sob uma perspectiva qualitativa. Adotou-se como técnica de levantamento de dados apesquisa bibliográfica e a pesquisa on-line , a fim de desvendar junto aos profissionais do mercado de trabalho brasileiro, as estratégias empregadas na comunicação interna das organizações durante a pandemia. Teoricamente são abordados conceitos como liderança e público interno a partir de Bucater (2016). Na sequência teoriza-se também sobre comunicação e a cultura organizacional com Chiavenato (2004). Sobre a pandemia da COVID-19, seus impactos e o trabalho remoto, utiliza-se especialmente Nogueira e Patini (2012) e Fiz e Cunha (2020). Já sobre comunicação interna no home office , utiliza-se Kunsch (2003) além de materiais produzidos durante a pandemia, como a pesquisa desenvolvida pela Aberje (2020) “Desafios da COVID-19 para a Comunicação Organizacional”. A leitura está organizada em três tópicos, sendo o primeiro sobre Comunicação Interna no home office , menciona a pandemia da COVID-19, bem como seus efeitos na rotina dos colaboradores, na sua forma de se relacionar com a organização e demais impactos sociais e psicológicos. Em seguida, trata sobre o percurso metodológico com a coleta de dados. E no último tópico, discute-se sobre os aprendizados e estratégias implementadas na gestão da Comunicação Interna no período pandêmico.

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