Global Journal of Medical Research, F: Diseases, Volume 22 Issue 4

preferencialmente de forma presencial em ambiente não laboratorial com amostra de sangue total obtida por punção digital ou amostra de fluido oral. Tendo em vista que os TR são desenvolvidos para detectar anticorpos anti-HIV em até 30 minutos, em comparação com os testes de imunoensaios utilizados em laboratórios, os dispositivos são otimizados para acelerar a interação antígeno/anticorpo. Isso requer a utilização de uma maior concentração de antígeno e da detecção de complexo antígeno/ anticorpo com reagentes sensíveis à cor, como o ouro coloidal. Os TR são ideias para fornecer resultados no mesmo dia em uma variedade de situações como: populações – chave, populações prioritárias, parcerias de pessoas vivendo com HIV/aids, acidentes biológicos ocupacionais, gestantes que não tenham sido testadas durante o pré-natal ou cuja idade gestacional não assegure o recebimento do resultado do teste antes do parto, parturientes e puérperas que não tenham sido testadas no pré-natal ou quando não se conhece o resultado do teste no momento do parto, abortamento espontâneo, independentemente da idade gestacional, pessoas com diagnóstico de tuberculose e pacientes com diagnóstico de hepatites virais. (Ministério da Saúde, 2002) 2. Tratamento A abordagem clínica – terapêutica do HIV tem- se tornado cada vez mais complexa, em virtude da velocidade do conhecimento acerca desse agente. (Ministério da Saúde, 2010) Segundo o Ministério de saúde, os objetivos do tratamento são: prolongar a sobrevida e melhorar a qualidade de vida, pela redução da carga viral e a reconstituição do sistema imunológico do indivíduo. O atendimento é garantido pelo SUS, por meio de uma ampla rede de serviços. O Brasil é um dos poucos países que disponibiliza, integralmente, a assistência ao paciente com Aids. (Ministério da Saúde, 2010) 3. Profilaxias A prevenção de infecções oportunistas em indivíduos infectados pelo HIV é de grande efetividade e proporciona uma redução significativa de morbidade. Essa prevenção possui três grandes aspectos: Prevenção de exposição É uma estratégia que reduz o risco do aparecimento de infecções oportunistas, consistindo no desenvolvimento de atitudes e estilo de vida capazes de diminuir o contato com patógenos oportunistas e agentes de co-infecções. Profilaxia primária Tem como objetivo o desenvolvimento de doenças em pessoas com exposição prévia estabelecida ou provável. Profilaxia secundária Possui como objetivo evitar a recidiva de infecções oportunistas que já tenham ocorrido. III. A tenção P rimária à S aúde A Atenção Primária à Saúde (APS) apresenta- se como uma estratégia de organização da atenção à saúde voltada para responder de maneira regionalizada, contínua e sistematizada à maior parte das necessidades de saúde de uma população, integrando ações preventivas e curativas, bem como a atenção a indivíduos e comunidades. (MATTA, 2009) No Brasil, a APS agrega os princípios da Reforma Sanitária, deste modo o Sistema Único de Saúde (SUS) empregou a designação Atenção Básica à Saúde (ABS) para que o modelo assistencial seja reorientado a partir de um sistema integrado e universal de atenção à saúde. O principal objetivo da ABS é o atendimento inicial ao paciente. Desse modo, seu intuito é dispor sobre a prevenção de doenças, solucionar os possíveis casos de agravos e direcionar os mais graves para níveis de atendimento superiores em complexidade. A ABS funciona, portanto, organizando o fluxo dos serviços nas redes de saúde, dos mais simples aos mais complexos. É importante sinalizar, ainda, que algumas práticas e ações já são incorporadas à ABS de maneira ampla, como aquelas voltadas à saúde da criança, ao cuidado pré-natal e ao cuidado de pessoas com diabetes e hipertensão. Por outro lado, ações no campo da saúde mental, da reabilitação e de condições como HIV/Aids, ainda que existam, são menos características da atenção básica, ou realizadas nesse espaço de modo mais parcial. (MELO, 2018) Sendo um serviço preeminente da APS. A evolução da epidemia da Aids permanece desconstruindo hábitos, revendo conceitos e revolucionando costumes em todo o mundo. Como doença sexualmente transmissível alimenta as estatísticas mundiais e se configura como um dos agravos mais comuns à saúde na contemporaneidade. (NAVARRO, 2011) A complexidade que envolve a HIV/Aids diz respeito não só aos aspectos físicos da doença, mas, principalmente, a discriminação no meio social dos que convivem com o vírus. Ou seja, o que permeia o HIV/Aids não é apenas o medo da contaminação ou as consequências à corporalidade dos acometidos pela doença, mas os julgamentos morais atrelados a ela. Sendo assim, é considerado que todas as pessoas são vulneráveis à infecção pelo HIV e o nível da proporção em maior ou menor, encontra-se relacionada ao contexto social, aos valores pessoais, níveis de exclusão socioculturais e econômicos. Diante da soropositividade, a vulnerabilidade ao adoecimento 12 Year 2022 Global Journal of Medical Research Volume XXII Issue IV Version I ( D ) F © 2022 Global Journals O papel da atenção primária à saúde na prevenção e no estadiamento da AIDS / HIV

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