Global Journal of Medical Research, F: Diseases, Volume 22 Issue 4

está associada à qualidade de vida, aos serviços públicos oferecidos e à sociedade civil organizada. Neste sentido, desde o início da epidemia, ainda permanece um esforço social e político em divulgar informações que esclareçam a população sobre a doença e ajudem a superar os seus desafios impostos, além de favorecer comportamentos preventivos para diminuir o contágio do vírus. Estima-se que, no Brasil, cerca de 600 mil pessoas portam o vírus da imunodeficiência humana (HIV). Os últimos boletins evidenciaram mudanças no perfil epidemiológico que, associados aos pactos de saúde, passaram a subsidiar estratégias de atenção e prevenção para as populações vulneráveis identificadas, como as pessoas na faixa da maturidade e terceira idade (Ministério da Saúde, 2008) No que tange esta perspectiva, faz-se necessário o investimento de políticas públicas de saúde em medidas de prevenção e controle de transmissão, estabelecendo novas possibilidades nas redes de serviços e estratégias de cuidado. No mais, os avanços científicos no tratamento de pessoas soropositivas para a Aids também colaboram para essa abertura. Recentemente, novas diretrizes nacionais e experiências locais têm colocado a Atenção Básica à saúde em posição de protagonismo no tema do HIV/Aids, com papel de manter e ampliar ações de promoção, prevenção e diagnóstico e de incorporar o acompanhamento de usuários com HIV. Até então, as políticas de HIV/Aids, nas quais o Brasil tem se destacado no cenário mundial, tinham seu componente assistencial desenvolvido principalmente nos serviços especializados. (MELO, 2018) IV. P romoção da S aúde Entre os anos de 2011 e 2012, o Ministério da Saúde introduziu novas tecnologias diagnósticas na APS, com destaque, conforme já mencionado, para os testes rápidos (gravidez, sífilis e HIV, entre outros), aumentando o acesso à testagem e ampliando o diagnóstico de HIV na APS em todas as regiões do país. A partir de 2013, o Ministério da Saúde passou a adotar também diretrizes e recomendações de incentivo ao acompanhamento de pessoas com HIV/Aids (com quadro de baixo risco) na atenção básica dos municípios. O diagnóstico do HIV é feito por meio de testes laboratoriais ou testes rápidos (TR). O teste laboratorial Elisa é o mais utilizado para diagnosticar a infecção, no qual se procura por anticorpos contra o HIV no sangue. Uma vez que a amostra não apresentar nenhum anticorpo, o resultado negativo é fornecido para a pessoa. Caso seja detectado algum anticorpo anti-HIV, é necessária a realização de outro teste adicional, o teste confirmatório. São usados como testes confirmatórios o Western Blot, o Teste de Imunofluorescência Indireta para o HIV-1, o Imunoblot ou o próprio teste rápido. O teste rápido para HIV é realizado com uma gota de sangue da ponta do dedo ou por meio do fluido oral (material coletado da mucosa oral - Swab) obtendo o resultado em até 30 minutos. Para o diagnóstico do HIV com o teste rápido, é necessário fazer um teste de triagem (primeiro teste de HIV) e, se este for reagente, outro teste deve ser realizado para confirmar o diagnóstico (teste confirmatório). A infecção por HIV não tem cura, mas possui tratamento, isto é, quanto mais cedo o indivíduo for diagnosticado e tratado, seu sistema imunológico estará reestabelecido melhorando assim a qualidade de vida do mesmo. Para evitar a infecção pelo HIV, algumas medidas são importantes, como: Usar preservativo em todas as relações sexuais (vaginal, anal e oral); não compartilhar seringas, agulhas e outros objetos perfurocortantes não esterilizados com outras pessoas; Mulheres vivendo com HIV/aids não devem amamentar, e necessitam realizar acompanhamento pré-natal para que sejam tomadas as medidas necessárias à prevenção da transmissão vertical do HIV (da mãe para a criança). O preservativo (masculino e feminino) é o método de barreira mais eficaz para a prevenção do HIV. Além disso, protege contra outras Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST) e evita a gravidez não planejada. Portanto, é papel da Atenção Básica a notificação adequada e competência no cuidado à pessoa vivendo com HIV/Aids (PVHA) as seguintes atitudes: − Realizar ações de promoção e prevenção direcionadas a fatores de vulnerabilidade, comportamento e estilo de vida. − Ampliar oferta do diagnóstico, associado aos demais atendimentos prestados, preferencialmente por TR para HIV, hepatites e sífilis na população em geral, populações- chave e prioritárias, mediante demanda espontânea, evitando realização de agendamento. − Realizar TR em gestante e parceiro(s) sexual(is). − Realizar acolhimento e aconselhamento. − Orientar a população sobre novas tecnologias de prevenção (PEP e PrEP, entre outras) e demais informações sobre IST/ HIV/Aids e HV. − Avaliar e encaminhar, quando necessário, os casos de PEP. − Ofertar insumos de prevenção (preservativo masculino, feminino) para a população. − Atualizar o calendário vacinal em todas as idades, conforme orientações do Programa Nacional de Imunizações. 13 Year 2022 Global Journal of Medical Research Volume XXII Issue IV Version I ( D ) F © 2022 Global Journals O papel da atenção primária à saúde na prevenção e no estadiamento da AIDS / HIV

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