Global Journal of Medical Research, K: Interdisciplinary, Volume 22 Issue 3

beneficamente o estado de remissão da RCU. O estudo mostrou a eficácia do enema com probiótico em associação a medicação via oral padrão. Estes probióticos aceleram o processo de desinflamação da mucosa retal. Nos estudos de Hai-Hong RCUi, et.al, 2004 14 Hegazy. K.S, El-Bedewy.M.M et.al , 2010 10 , e Qiang Ou, et. Al, 2021 21 , os pacientes foram distribuídos em grupo placebo e grupo probiótico com utilização de CEPAS diferentes (Cápsula tripla BIFICO Lactobacille), Enterococus, Bifidobacteria e Lactobacillus delbruekii e Lactobacillus fermentum, Bifidobacterium, Enterococcus e Lactobacillus acidophilus) em associação a medicação com Sulfasalazina ou Glicocorticoides, todos os estudos apresentaram êxito na melhora do quadro dos pacientes com RCU. O total de participantes dos 3 estudos foi de 147 pacientes, desse total 71% faziam parte do grupo intervenção, sendo tratados com probiótico em associação com fármacos antimicrobianos ou glicocorticoides, 97,11% dos pacientes do grupo intervenção apresentaram melhora do quadro de RCU. Nesses estudos também os pesquisadores conseguiram comprovar por meio de biomarcadores que os probióticos podem prevenir a ativação de citocinas pró inflamatórias como a NF-kß e diminuir a expressão de TNF-alfa, Interleucina 1-B e elevar a expressão de IL-10, podemos observar que essas cepas probióticas podem reduzir não somente os sintomas da RCU como também biomarcadores próprios de pacientes com algum processo inflamatório. No estudo de Palumbo.D.V 2016 16 , 60 pacientes, de ambos os gêneros foram submetidos ao tratamento do estudo, 50% dos pacientes fizeram uso de corticoides e mistura probiótica de Lactobacilus salivarius, Lactobacillus acidophillus e Bifidobacterium bifidus cepa BGN 4 e 50% dos pacientes receberam corticoides em associação ao placebo. O estudo com duração de 24 meses, apresentou resultados positivos, todos os pacientes que receberam a mistura probiótica apresentaram melhora durante o período do estudo, comprovando a capacidade anti-inflamatória da cepa usada no tratamento quando em associação ao uso dos corticoides. Um estudo japonês feito por Chen.P, et al 17 utilizou duas vezes ao dia mesalazina e uma combinação de cepas de probióticos contendo Lactobacillus casei Zhang, Lactobacillus plantarum P-8 e Bifidobacterium animalis subsp. LactisV9. Após 12 semanas, concluiu-se que os pacientes que receberam as cepas com os probióticos apresentaram melhora na inflamação, inclusive o aumento de microorganismos benéficos na microbiota intestinal. A quantidade deWeissella aumentou consideravelmente, esta que é uma bactéria que supre o estresse pro inflamatório,foi considerada então, uma resposta imunológica. A frequência de fezes e sangramento retal também foi diminuída. Pacientes orientais apresentam maior risco ao desenvolvimento da RCU devido a ocidentalização da dieta e a pré-disposição genética. No estudo de Tamaki.H, et al 2016 18 , 56 pacientes orientais foram submetidos ao estudo de grupo controle e placebo, sendo usado o probiótico BB536 (Bifidobacterium longum 536) durante 8 semanas de estudo. Os pacientes que possuíam RCU leve a moderada, obtiveram melhora, mas não sem a colaboração e associação dos medicamentos 5-ASA, Predinisolona, Azatioprina, 6-Mercaptopurina oral. Todos os estudos mencionados durante a discussão dessa revisão fizeram uso de medicamentos imunomoduladores e corticoides em associação aos probióticos para o tratamento dos pacientes com RCU. Santana.S.P, 2010 19 mostrou que após os 36 dias de tratamento com combinação de lactobacilos + bífido bactérias, foi observado melhora no controle da inflamação e do hábito intestinal, o que resultou em uma melhora do estado nutricional.O uso dos probióticos trouxe uma diminuição na frequência das evacuações, desaparecimento das evacuações noturnas, redução no volume das fezes e um aumento em sua consistência obtendo um resultado melhor que apenas o uso de medicação para o controle. A teoria do pesquisador é que o uso dos probióticos pode resultar em uma diminuição de marcadores inflamatórios como o VHS. O estudo de Andreas.M.P,et. Al de 2014 20 , estudou uso de tratamento coadjuvante de ECN (E. Coli Nissle). Pacientes que receberam EcN em combinação com Ciprofloxacina ou apenas EcN, obtiveram uma menor remissão, maiores efeitos colaterais e resultados piores em comparação com os pacientes que receberam placebo ou apenas tratamento médico convencional. O estudo, no entanto, não exclui a possibilidade de que esse probiótico seja eficiente em subgrupos de paciente em associação com outras drogas ou precedidas de antibióticos. De acordo com o estudo realizado por W.Kruis, et.al 2004 11 , o uso do probióticoEscherichia coli Nissle 1917 apresenta eficácia terapêutica e segurança na manutenção da remissão no tratamento da RCU comparado com o uso do medicamento mesalazina. O uso da Escherichia coli Nissle 1917 pode ser considerado uma alternativa para o uso da mesalazina O estudo de Bjarnason, I. et al de 2019 23, um ensaio clínico, duplo cego, controlado por placebo onde participaram pacientes com Doenças Inflamatórias Intestinais (DII), foram recrutados 500 pacientes para o estudo, dentre esses, 60% possuíam RCU, o probiótico utilizado foi o Symprove, composto de 4 cepas (Lactobacillus rhamnosus NCIMB 30174, Lactobacillus plantarum NCIMB 30173, Lactobacillus acidophilus NCIMB 30176 em NCIMB 30175 e EnterococRCUs). 49 Year 2022 Global Journal of Medical Research Volume XXII Issue III Version I ( D ) K © 2022 Global Journals The Therapeutic use of Probiotics in Patients with Ulceractive Retocolitis: A Systematic Review

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