Global Journal of Science Frontier Research, F: Mathematics and Decision Science, Volume 22 Issue 4

Foi este o enquadramento que foi tido em conta para o início do projeto piloto MatemaTIC, promovido pela Direçã o-Geral da Educação (DGE), c om a organização conjunta da Associ ação de Professores de Matemática (APM), da Univer sidade de Coimbra (UC) e d o CCTIC da Universidade de Évora (CCTIC U E). Este projeto, iniciado em 2019, envolveu professores do 1.º Ciclo do Ensino Básico de 30 Agrupamentos de Escolas de Portugal continental e teve como objetivo principal criar recursos e contextos de formação para professores deste nível de ensino, para dar suporte ao desenvolvimento das suas competências profissionais nos domínios da matemática e das TIC, para que fiquem habilitados a trabalhar as questões do pensamento computacional, da algoritmia e da computação, em sala de aula, com os alunos. As considerações finais apontam para a importância da temática na tomada de consciência das aprendizagens que pretendem consolidar nos alunos; na importância dos conteúdos a desenvolver; no processo de apoio aos alunos com tarefas gradualmente mais complexas, ajudando a construir raciocínios e a desenvolver linguagem matemática; na importância da generalização e transferência do processo de resolução de problemas para uma ampla variedade de tarefas semelhantes; na importância do trabalho colaborativo; no papel ativo do aluno na construção do conhecimento; e na importância de envolver o aluno no processo de avaliação no sentido de se autoavaliar e de se autocorrigir. Palavras–Chave: ensino e aprendizagem da matemática, pensamento computacional; resolução de problemas. A rtigo Em contexto educativo, numa sociedade marcada por r á pidas mudan ç as sociais, decorrentes da evolu çã o cient í fica e tecnol ó gica, torna-se premente que os alunos passem de meros consumidores tecnol ó gicos a produtores de conte ú dos. Os alunos de hoje t ê m de ser preparados para profiss õ es que n ã o existem, pelo que, mais do que conhecimentos, necessitam de adquirir compet ê ncias para o s é culo XXI, que lhes v ã o permitir reconstruir o conhecimento à medida das necessidades das novas profiss õ es. O Pensamento Computacional surge, assim, como uma das compet ê ncias-chave dentro do quadro das 21 st Century Skills, de acordo com o referido no DigiCompEdu - Quadro Europeu de Compet ê ncia Digital para Educadores. A ê nfase na import â ncia da programa çã o e pensamento computacional tem sido uma constante nas correntes pedag ó gicas recentes (Wing, 2006, 2010; NRC, 2011). Nas á reas das Ci ê ncias, Tecnologias, Engenharias, Artes, Matem á tica (STEAM), a programa çã o e a rob ó tica revestem-se de particular import â ncia, sendo reconhecidas como indispens á veis no desenvolvimento de compet ê ncias, tais como a resolu çã o de problemas e o aumento da efici ê ncia atrav é s da automa çã o (Wing, 2010). Desta forma, afigura-se necess á rio o desenvolvimento do pensamento computacional porque envolve a resolu çã o de problemas, o que enfatiza a ideia de Polya (2004), que definiu a abstra çã o (definida como a combina çã o de analogia, generaliza çã o e especializa çã o) e a decomposi çã o de problemas como cruciais para o sucesso na resolu çã o de problemas. Na mesma ó ptica Pollock et al. (2019) caracterizam o pensamento computacional como a decomposi çã o (divide um problema em sub-problemas), algoritmos (cria uma s é rie de etapas ordenadas para resolver um problema ou alcan ç ar uma meta), dados (analisa um conjunto de dados para garantir que facilita a descoberta de padr õ es e rela çõ es) e abstra çã o (reduz a complexidade para criar uma representa çã o geral de um © 2022 Global Journals 1 Year 2022 22 Global Journal of Science Frontier Research Volume XXII Issue ersion I V IV ( F ) Computational Thinking and the Curriculum of Mathematics in Portugal N otes

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